Esta sede de amor que não é extinta
Dança dos sentidos, num sentir de cor e alma
Espera por mim na enseada assaz faminta
Um cheiro agreste exala um pulsar de vida calma
Na tua boca sinto o néctar rubro que aquece
Teus olhos de brisa são vendavais de claridade
Esta madrugada de asas mornas não se esquece
Na lonjura em que te procuro, espero a eternidade...
No meu peito nadam razões caladas
Sinto o mar que viu meu sonho arder
Irrompe a aurora em madrugadas iluminadas
Desfolho sílabas de ouro, no canavial do meu ser
Estou perdida entre o tudo e o nada
Bebo o êxtase, o delírio de suspiros irreverentes
Bebo a luz infinda da sedutora madrugada
Sinto na minha pele teus gestos incandescentes...
Lina Pina
(Autora)
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Carinhosamente
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