QUERO-TE
Quero em cada parte de ti parar,
Quero teus seios afagar, cada um admirar.
Quero teu sexoo penetrar e nele me esconder.
Quero tuas nádegas apartar e nelas estremecer.
Quero entrar, quero ser parte de ti,
Quero provar teus sucos, quero gostar.
Quero comer-te, quero beber-te,
Quero rodear-me no teu abraçar.
Quero cheirar a ti, cheirar à tua essência.
Quero a demência da dependência.
Quero amar teus traços, percorrê-los de rastos.
Quero envolver-me no que és da cabeça aos pés
Quero-te encontrar, encontrar-me em ti perdido,
Achado em cada fresta de teu corpo,
Reflectido na tua pele, em ti rendido,
Perdido nas voltas do teu dorso.
Quero ser violado, invadido, acedido.
Quero ser derrotado, vencido, no entanto
Vencedor da dor que a tua ausência
Acutila, com persistência, quase minha falência
Quero espraiar-me nas tuas vagas,
Estirar-me, atirando-me na vertigem
Dos laços que estreitamos entre as valas
Dos paroxismos que nossos corpos atingem
Quero ser eterno, quero ser pleno,
Quero vibrar a cada bocado de descoberta.
Quero passear nas nuances do teu terreno
Quero ser cada sentido de mim, em ti, alerta.
ANTÓNIO VIANA
(Autor)
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ROSA_VERMELHA_7
(Roza Madallena)
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